domingo, 22 de fevereiro de 2009

A praga do gerundismo: Muita gente ainda não se deu conta, mas anda empregando o gerúndio de forma errada em certas construções gramaticais

Se você é daqueles (ou daquelas) que adoram dizer “vou estar enviando” ou “vou estar conversando”, tome cuidado. Isso não é nada chique, como alguns pensam. Nesse caso, aconselho você a ler o texto transcrito a seguir, de autoria de Pasquale Cipro Neto, professor de língua portuguesa, consultor e colunista de diversos órgãos da imprensa e o idealizador e apresentador do programa Nossa Língua Portuguesa, da TV Cultura. O artigo, intitulado A praga do gerundismo, foi publicado na edição nº1894 da Revista Veja, ainda sob as normas ortográficas anteriores.

Eis o artigo:
Não acredito no purismo lingüístico, não. Desde que o homem é homem, as culturas e, conseqüentemente, as línguas se interpenetram. Hoje, quem é que reclama da palavra "otorrinolaringologista", todinha grega? Quem é que não usa a palavra "garagem" (ou "garage", tanto faz), que vem do francês? Mas (quase) tudo na vida tem limite. Em se tratando da língua, ou, mais especificamente, dos estrangeirismos, o limite é imposto pelo bom senso. Não vejo o menor sentido, por exemplo, no tosco uso da palavra off, que aparece na porta de algumas lojas. Não se trata de caso que enriquece a língua, que preenche espaço até então vago etc. Trata-se de subdesenvolvimento mesmo. Incurável. Ou, como dizia Nelson Rodrigues, do complexo de vira-lata. No lugar de off, parece conveniente usar a ultraconhecida palavra "desconto", cujo significado qualquer brasileiro conhece.

Que me diz o leitor de traduzir "Smoking is not allowed" por ''Fumando não é permitido"? Alguém teria coragem de traduzir smoking por "fumando" nesse caso? Certamente não, mas muita gente traduz ao pé da letra frases como "I will be sending" ou "We will be booking" (por "Vou estar enviando" e "Vamos estar reservando", respectivamente). Como se vê pela mensagem com que se avisa que não é permitido fumar, o gerúndio inglês nem sempre continua gerúndio quando traduzido para o português...

Onde estaria a inadequação de frases como "O senhor pode estar anotando o número?" ou ''Um minuto, que eu vou estar transferindo a ligação", que hoje em dia pululam e ecoam nos escritórios, no telemarketing etc.? O problema não está na estrutura - "flexão dos verbos 'ir', 'poder' etc. + estar + gerúndio" -, mas no mau uso que dela se tem feito. Essas construções são da nossa língua há séculos, ou alguém teria peito de dizer que uma frase como ''Eu bem que poderia estar dormindo" é inadequada?

Qual é o problema então? Vamos lá.
Quando se diz, por exemplo, "Não me telefone nessa hora, porque eu vou estar almoçando", indica-se um processo (o almoço) que terá certa duração, que estará em curso, mas - santo Deus! -, quando se diz ''Um minuto, que eu vou estar transferindo a ligação", emprega-se a construção "vou estar transferindo" para que se indique um processo que se realiza imediatamente. Quanto tempo se leva para a transferência de uma ligação? Meses ou segundos? O diabo é que, para piorar, "Vou estar transferindo" é uma verdadeira contorção verbal, que substitui, sem nenhuma vantagem, a construção "Vou transferir", mais curta, rápida, direta - e apropriada...

A moda do “gerundismo” (essa de "O senhor tem que estar pegando uma senha", "Vamos ter que estar trocando a embreagem do seu carro", "Ela vai precisar estar voltando aqui amanhã", "A empresa vai poder estar fornecendo as peças" e outras ultrachatices semelhantes) só tem uma coisa de bom: o caráter democrático.

Traduzo: a praga pegou da telefonista ao gerente, da faxineira ao diretor-presidente...
E quem começou tudo isso? Não se sabe, mas me atrevo a dizer que nasceu da tradução literal do inglês (de manuais ou assemelhados)...

Recentemente, um motorista me disse: "Professor, agora o senhor vai ter que estar me dizendo em que rua eu vou ter que estar entrando". Se eu tivesse levado a sério a pergunta dele, deveria ter respondido isto: "Naquela rua, naquela rua, naquela rua, naquela rua, naquela rua, naquela rua, naquela rua, naquela rua...". E, assim que ele entrasse na tal rua, eu deveria exigir que ele parasse o carro, engatasse a ré e ficasse entrando e saindo da rua (ou entrando na rua e saindo dela, como preferem os que amam a sintaxe. rigorosa), até moer a embreagem, os pneus... Até o gerundismo sumir do mapa!

Curiosidade: Será que repetimos corretamente os chamados “ditos populares”?

Quem, quando criança, nunca declamou a famosa poesia da “batatinha quando nasce”? Ou o dito “quem não tem cão caça com gato”?

Mas será que, originalmente, esses ditos são assim mesmo ou nós os repetimos de maneira errada?

Pois bem. Na semana passada, recebi e-mail de um colega jornalista no qual ele garante que praticamente ninguém repete esses ditos populares de forma correta. Veja:
No popular, se diz: 'Esse menino não para quieto, parece que tem bicho carpinteiro'. Correto: 'Esse menino não para quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro'
Batatinha quando nasce, se esparrama pelo chão.' Enquanto o correto é: ' Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão.'

'Cor de burro quando foge.' O correto é: 'Corro de burro quando foge!'
Outro que no popular todo mundo erra: 'Quem tem boca vai a Roma.' O correto é: 'Quem tem boca vaia Roma.' (isso mesmo, do verbo vaiar).

Outro que todo mundo diz errado: 'Cuspido e escarrado' - quando alguém quer dizer que é muito parecido com outra pessoa.

O correto é: 'Esculpido em Carrara .' (Carrara é um tipo de mármore)
Mais um famoso... 'Quem não tem cão caça com gato.' O correto é: 'Quem não tem cão caça como gato... 'ou seja, sozinho!'

Vai dizer que você falava corretamente algum desses?

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Sinal dos tempos: o preço do progresso

A visão é de um imenso campo deserto. A monotonia se descortina diante dos olhos de quem observa aquilo que é uma espécie de vegetação de cor dourada. De repente, o ronco de motores quebra o silêncio. Um olhar mais apurado e é possível ver, ao longe, os vultos trêmulos de monstrengos coloridos que avançam sob o sol escaldante – de pelo menos 40 °C –, a irromper a imensidão do lugar. É tempo de colheita de soja.

“Isso aqui era tudo mata fechada. Era peroba, angico, cedro, ipê”, fala, saudoso, um ex-agricultor, olhando em volta. Seu Mané, hoje com quase 90 anos, é vítima do “êxodo rural” – fenômeno registrado na década de 70, quando grandes áreas de mata nativa começaram a ser devastadas na região de Caarapó, para dar lugar à agricultura empresarial e à pecuária extensiva, o que obrigou pequenos agricultores familiares e sitiantes a vender suas propriedades e aventurar-se na cidade. “A minha casa era no meio do mato. A minha lavoura, também, eu não precisava derrubar nada, aqui e ali existia sempre um lugar limpo, para eu plantar o meu feijão. O arroz, eu plantava no banhado”, conta.

Enquanto as máquinas avançam “podando os pés de soja rente ao solo”, o velho senhor vai recordando antigas histórias. Ele conta que era comum, nos fins de tarde, ver bandos de catetos, grupos de capivaras, “mateiros” e uma infinidade de outras espécies de animais passando nos fundos da sua casa, que ficava perto do Rio Piratini. Papagaios, araras, maritacas, sabiás, canarinhos, curiós e tantas outras espécies da fauna tropical - duas vezes por dia, de manhãzinha e à tarde, religiosamente -, proporcionavam um verdadeiro espetáculo de sons e cores. Era como se fosse uma grande orquestra sinfônica da floresta.

Hoje, tudo isso é passado.

“Seu Mané” é apenas um personagem criado para ilustrar a história real de muita gente que viveu a situação aqui descrita. Pessoas que foram vítimas da ação desenfreada em busca do que se chamava, à época, de progresso. “A soja é a grande descoberta comercial, que vai trazer progresso para os municípios”, argumentavam, naquele tempo, políticos e grandes produtores, para justificar a devastação das matas existentes na região da Grande Dourados.

Caarapó é um município de pouco mais de 22 mil habitantes localizado no sul de Mato Grosso do Sul. Sua origem histórica tem por base a erva-mate nativa. Aliás, o nome “Caarapó” é originário dessa planta – “Caa”, que, em tupi-guarani, significa “erva-mate”, e “rapo”, “raiz”. Assim, Caarapó é a Terra da Erva-mate.

Segundo historiadores, Caarapó recebeu esse nome em virtude da abundância da erva-mate nessa região, que foi amplamente explorada de 1915 a 1945. Já o ciclo da madeira ocorreu entre 1960 e 1980. “A cidade chegou a ter 45 serrarias ou madeireiras em franco desenvolvimento, extraindo uma média de 400 m³ de madeira serrada por dia”, conta o professor Ramão Vargas de Oliveira em seu livro Conhecendo Caarapó, de 1987.

Oliveira prossegue o seu relato explicando que, no período da exploração da madeira, a população do município era de 46 mil habitantes. É dessa época a introdução da lavoura mecanizada. “Grande parte de suas terras foram transformadas em lavouras de soja, milho, algodão, amendoim, mamona, trigo e outros”, acrescenta o professor.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico de Caarapó, Roberto Sanches Nakayama, atualmente o município possui uma área de 85 mil hectares de terras agricultáveis. A área de pastagem é de aproximadamente 60 mil hectares. O tamanho do estrago: a totalidade da área própria para a agricultura era coberta por madeira. Da área de pastagem, pelo menos 40 mil hectares eram de floresta natural. O restante era campo e vegetação típica de cerrado. Isso significa afirmar que, só em Caarapó, foram devastados 125 mil hectares de matas naturais, o equivalente a mais de 308 mil campos de futebol!

Em um trecho do livro Conhecendo Caarapó, Oliveira afirma que as madeireiras deixaram seu rastro triste. “Hoje, o que se vê são pequenos pedaços de matas, sem sua madeira, e o que é pior: sem um replantio. E foram poucos os donos de madeireiras que se estabeleceram em Caarapó. A maioria mudou-se (...) e até mesmo para Rondônia, onde continuam destruindo sem deixar, nem mesmo, uma pequena parcela do progresso e de melhoria de meio ambiente. Ali, tudo é destruído, até mesmo o pó e as sobras de madeira”, lamenta o professor-escritor.

O engenheiro químico Raimundo Costa Nery, especialista em meio ambiente, explica que a área remanescente em mata nativa em Mato Grosso do Sul é inferior a 20%. “Em termos de biodiversidade, podemos considerar como uma perda econômica imensurável e incalculável”, observa. “Isso representa grandes prejuízos, como a extinção de espécies tanto da fauna quanto da flora ainda nem catalogadas”, acrescenta.

Outro fato que gera preocupação entre os ambientalistas é o processo de industrialização pelo qual passa na atualidade o município de Caarapó. Estão em vias de serem inauguradas duas usinas: uma de bioenergia e outra de álcool e açúcar.

O projeto de produção de biodiesel – que agrega co-geração de energia elétrica -, prevê o processamento de 500 mil toneladas/ano de soja para produção de óleo, farelo e lecitina, 116 mil toneladas anuais de biodiesel e geração de 83,1 MWh/ano de energia. A previsão de investimentos é da ordem de R$ 106,6 milhões. Haja soja!

No setor sucroalcooleiro, a outra usina vai precisar de, no mínimo, 55 mil hectares de cana-de-açúcar para atingir a meta de produzir anualmente, a partir de 2017, 330 mil toneladas de açúcar e 130 milhões de litros de álcool, que atenderão o mercado interno e o mercado externo, com investimentos que chegam perto de R$ 1 bilhão.

Se, por um lado, a produção de combustíveis a partir de fontes renováveis, como a cana-de-açúcar, provoca a redução da emissão de carbono fóssil para a atmosfera, por outro produz um resultado maléfico. A produção do etanol a partir dessa matéria-prima gera, historicamente, uma grande concentração de terra nas mãos de poucos. Além disso, o uso de monocultura reduz fortemente a biodiversidade e provoca o êxodo rural.

Até que ponto é legal, moral e ético a implantação de projetos de desenvolvimento à custa de tragédias ambientais e humanas? Qual o custo do progresso?
O que se defende é a instituição de projetos de desenvolvimento auto-sustentáveis, que privilegiem a vida. E quando se fala em vida, inclua-se a natureza. Não se trata de terrorismo psicológico ou alarmismo os alertas que os cientistas têm feito acerca do futuro do planeta Terra. O perigo é real.

Os ciclos econômicos vão e vêm. Em Caarapó, primeiramente foi a erva-mate nativa. Depois da pecuária extensiva e da agricultura da sobrevivência – hoje apelidada de “agricultura familiar” -, surgiu a devastação das florestas abundantes em madeira de lei. Atualmente, registra-se um grande processo de industrialização. Em vinte, trinta anos, o que será?

Talvez outros “seu Mané”, como o nosso personagem lá do início da nossa história, surjam para contar a possível catástrofe que pode estar se avizinhando. É o preço do progresso.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

O estardalhaço das operações da Polícia Federal


Uma consulta detalhada no site da Polícia Federal vai revelar uma atuação espetacular daquele organismo policial ao longo dos últimos tempos. É uma operação de nome esquisito pra cá, outra ação com denominação estranha pra lá. Telefones grampeados, prisões, revogações, enfim, é muita coisa pra se analisar.

Publicamos no Jornal Laboratório online da Unigran uma reportagem que retrata as ações da Polícia Federal. Em 2007, pudemos acompanhar uma verdadeira avalanche de operações. De fevereiro pra cá foram 68 operações deflagradas, que resultaram na prisão de 1.143 pessoas, acusadas de cometer os mais diversos crimes: contrabando, corrupção, tráfico de drogas...

Observa-se que a Polícia Federal está fazendo a parte dela. Investiga e prende. Mas o que o cidadão comum não entende é que a polícia prende e a Justiça manda soltar. É um tal de prisão temporária que vence em alguns dias, prisão preventiva que é negada... é como na Operação Xeque-Mate, essa da máfia dos caça-níqueis, da jogatina. No começo, foram quase 80 presos. Agora, só 9 vão ficar na cadeia. Significa que quase 70 são inocentes? Então, por que a polícia prendeu esse povo?

Antônio Pereira é um cidadão que encontro quase todos os dias a caminho do trabalho. Infelizmente, como tanta gente nesse País, a oportunidade de estudar lhe foi negada. No último sábado, quando conversávamos sobre esse assunto em um dos meus parcos momentos de lazer, ele comentou: “Você viu só como a polícia tá trabalhando nesse negócio da jogatina? Tem até irmão e compadre do presidente. Tem pra lá de 70 presos, mas duvido se esse povo todo vai ficar preso. Cadeia é só pra pobre ladrão de galinha...”

O prende-e-solta é realmente uma questão que merece um profundo debate. Invariavelmente, em todos os noticiários a respeito do assunto, uma expressão é utilizada: a tal da prisão temporária.

A prisão temporária é uma espécie de prisão provisória ou cautelar. Trata-se de medida acauteladora, de restrição da liberdade de locomoção por tempo determinado, destinada a possibilitar as investigações a respeito de crimes graves, durante o inquérito policial. O tempo de duração da prisão é de cinco dias prorrogáveis por mais cinco, exceto para crimes hediondos e outros delitos mais graves, em que o prazo é mais dilatado, ou seja, trinta dias prorrogáveis por mais trinta.

Isso significa dizer que esse pessoal que é preso pela polícia e cinco ou dez dias depois está solto foi beneficiado pela lei. É a lei da prisão temporária. Fica preso só 5 ou dez dias, porque não foi condenado.

Aqui, então, respondemos ao questionamento do meu conhecido Antônio Pereira, que duvidava se “esse povo todo” ia ficar preso. De fato, ele tem razão.

Na mesma reportagem do Jornal Laboratório da Unigran, noticiamos que a Justiça Federal de Campo Grande decretou ontem à noite a prisão preventiva de 9 integrantes da máfia dos caça-níqueis, investigados pela Operação Xeque-Mate. Lembram-se do número de presos? Eram 79! Dos 79 acusados, apenas 9 vão ficar na cadeia (isto é, se encontrarem também os foragidos que tiveram a prisão preventiva decretada).

Esses 9 acusados vão ficar presos porque o juiz entendeu que eles oferecem perigo à ordem pública ou econômica, ao desenvolvimento do processo ou à aplicação da lei penal (quando há indícios claros de que a pessoa está preparando-se para fugir, por exemplo). Os outros 70, não. Entre eles, o irmão do presidente Lula, Genival Inácio da Silva – o Vavá -, e o compadre do presidente, Dario Morelli Filho, ambos suspeitos de pertencer à organização criminosa investigada pela Operação Xeque-Mate. Aliás, a polícia nem pediu a prisão preventiva deles.

É realmente difícil para um pobre mortal entender todo esse processo que envolve polícia e justiça. Há muitos questionamentos. Uns dizem que cadeia é só pra pobre, que não tem dinheiro para contratar bons advogados. Outros afirmam que o problema está na legislação, repleta de lacunas que favorecem os criminosos.

Pedro Marques, um estudante de 18 anos que sonha em ser advogado, afirma que talvez a saída seja modificar as leis. “Eu aprendi que a lei é para todos e que ninguém está acima dela. O que eu estranho é algumas pessoas, pelo simples furto de um pacote de biscoitos no supermercado, podem passar um ano na cadeia, enquanto esses ladrões de colarinho branco não ficam mais de uma semana”, critica o estudante.

De fato, ele pode ter razão. Mas é preciso reconhecer também que, no direito brasileiro, há a chamada presunção da inocência. Todos são inocentes até prova em contrário. A condenação pode vir apenas após um longo processo no Judiciário. Se condenado em todas as instâncias, o réu cumpre a pena que lhe é imputada pela Justiça. Mesmo nesses casos em que parece haver provas irrefutáveis, como na Operação Xeque-Mate – diálogos entre os acusados que praticamente confessam o crime -, a prova não é definitiva. É preciso seguir todo o ritual da Justiça até a conclusão do processo. Se houver culpados, aí, sim, eles poderão ir para a cadeia.

O que se verifica de novo nas operações da Polícia Federal é que estão sendo descobertos os rolos de gente graúda. Tem muita coisa vindo à tona, como raramente se viu neste País. Deputados, magistrados, presidente do Senado, policiais, delegados... A população brasileira espera, depois de todo esse estardalhaço, alguma punição para os culpados. Que não termine em pizza, como em tantos escândalos registrados na história recente do Brasil. É importante espantar o clima de impunidade. Essa impunidade que gera descrédito na instituição da Justiça e estimula os crimes.

Não basta a polícia investigar e prender, alimentar a imprensa com as fantásticas operações que às vezes beiram o exagero, e depois tudo cai no esquecimento. Que se aplique a lei. Que se acelerem os processos, que se julguem os envolvidos, inocentem-se que não tem culpa e se punam os culpados. Afinal, é apenas isso que a sociedade espera.

A permanecer a situação atual, na briga entre o mar e a pedra, quem vai continuar a sofrer as conseqüências será sempre o marisco. No caso, o marisco é a sociedade.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Venezuela: imprensa, golpe e poder

Você sabe o que está por trás da briga entre o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e a rede de televisão RCTV? Não faz a mínima idéia?

Então dê uma passadinha por aqui e tire suas conclusões.

quinta-feira, 31 de maio de 2007

O debate de alto nível é salutar

O professor de Jornalismo online do 5° semestre do curso de Comunicação Social/Jornalismo da Unigran (Dourados), Lucas Reino, deu uma série de deveres aos seus alunos: criar um blog com assuntos de sua preferência, mantê-lo atualizado, utilizar os mais variados recursos que a "nova mídia" disponibiliza, etc. e tal. Determinou também que fossem cumpridas algumas tarefas sobre hiperligações, ética na rede e credibilidade dos jornais online.
Pois bem.
Ética e credibilidade são assuntos que normalmente geram muita polêmica. Especialmente a ética, que às vezes assume caráter de foro íntimo. Um exemplo é aquela foto do cara acidentado, todo estraçalhado, a tragédia explícita. Pergunta-se: publico ou não publico essa imagem no meu jornal (impresso ou online, não importa)?
Já a credibilidade caminha para o que é o veículo, qual a linha editorial ou como trabalha a equipe (costuma apurar os fatos antes de dar a notícia?)
As discussões na sala de aula são acirradas. Aliás, é preciso debater, sim. Discutir à exaustão. Expor pontos de vista. O que a gente pensa sobre determinado assunto, mas que o debate permaneça no campo das idéias.
Nesse aspecto, o meu artigo sobre credibilidade no webjornalismo - a que dei o nome de "Crer ou não crer, that´s the question", postado neste blog, mereceu dois comentários interessantes de uma das pessoas que entrevistei para produzir a matéria: o proprietário do site Caarapó News, o competente André Nezzi (aliás, é inegável o fato de que esse site apresenta caráter democrático e de independência, o que, por si só, o torna próximo da prática jornalística ideal: informar com isenção).
Mas continuemos.
A liberdade de expressão nos é constitucionalmente garantida. É bom que a sociedade acorde para o debate relativo aos assuntos que influenciam a nossa vida. Que cada um exponha o seu pensamento. Esse país só vai mudar quando realmente houver participação de todos.
O debate de alto nível é salutar.
Leia o comentário de André Nezzi sobre o artigo "Crer ou não crer, that's the question":
"Ola Dilermano interessante essa matéria, mas vale ressaltar que chega até ser covardia querer comparar alguns veiculos de internet. principalmente os regionais com a TV, cara só eu sei quantas vezes tirei dinheiro do bolso para manter o site no ar, ou seja falta estrutura para se ter uma equipe com mais qualidade, impossivel hoje em Caarapó por exemplo vc manter um meio de comunicação independente, sem vc ter parceria por exemplo com a prefeitura, ou camara municipal, o comércio e as empresas de nossa cidade são pobres e infelismente isso dificulta muito o trabalho, claro que nós gostariamos de contar com jornalistas em nossa equipe, mas Caarapó sequer tem 1 formado, e outra duvido que algum formado se interessaria em ganhar o que temos condições de pagar.
O site abriu as portas para alguns universitarios, mas todos eles não mostraram interesse em fazer matérias ou contribuir para um jornalismo mais sério, o espaço continua aberto. Óutra coisa nem as emissoras de radios de nossa cidade e até mesmo as grndes de Dourados contam com equipes qualificadas de jornalistas, algumas sequer tem jornalista, dai vc ve a dificuldade nesse sentido, mas infelismente temos que encarar a realidade. Mas para vc ver mesmo com todo esse amadorismo o Caaraponews bate de goleada em numero de acessos a sites como a GazetaNews jornal de amambai, cidade maior que Caarapó, FatimaNews jornal eletronico de fatima do sul que ja faz muito tempoque esta nomercado, enquanto nós estamos apenas a 4 meses, e na verdade eu acho que é esse nosso jeito meio amador que agradaos internautas, pois o CaarapoNews tem liberdade tanto para criticar quanto para elogiar a administração do municipio, os seus vereadores e deputados, governador etc... diferente de outros meios decomunicação que são pagos para apenas falar bem.
Quanto a coluna Fatos & Boatos que vc cita, e diz ser mais boatos do que fatos, eu discordo a grande maioria são fatos sim, por exemplo no episodio do secretario de saude eu tenho certeza que era verdade, é uma pena quen ão posso te falar as pessoas que confirmaram aquilo, vc ficaria de boca aberta, eno mais basta vc pegar tudo que eu coloquei la e vera que mais de 70% realmente aconteceu, acho que vc mais uma vez foi infeliz nessa parte. No mais parabens pelo Blog e quando precisar estou a disposição para quaisquer esclarecimento sobre como funciona o nosso site.

31 de Maio de 2007 11:00

andrenezzi disse...
Ah me esqueci de uma coisa.Eu entendo a posição de vcs estudantes de jornalismo, é complicado ver alguem que não seja profissional atuando na area de vcs, isso acontece na minha profissão tb de turismologo, por exemplo nas agencias de viagens o pessoal prefere contratar pessoas não capacitadas da area para poder pagar menos, nas secretarias de turismo Brasil a fora a grande maioria dos secretarios estão la por acordos politicos, exemplo a de Caarapó onde a chefe do departamento de turismo não tem nada haver com a area, e olha que Caarapó tem hoje mais 4 profissionais nessa area, o secretario de saúde não é medico, nem nada do genero, eu tb ja briguei muito por isso nos meus tempos de faculdade, o que falta para nossas profissões é uma união maior e orgãos que nos representes assim como o advogado tem o OAB o arquiteto tem o CREA, minha intenção no site é sim ter alguem formado, até para se ter mais credibilidade, mas como eu disse em Caarapó, ninguem é formado e não temos condições tb de pagar o que muitos querem receber e com direito, mas aos poucos a gente chega la, como eu disse o Caaraponews tem apenas 4 meses e toda pequena empresa encontra dificuldades no seu inicio.
E nós em 4 meses ja chegamos a um ponto de sermos cobrados como um meio de comunicação grande, ja sabiamos que isso aconteceria, só não esperavamos que fosse tão rapido, isso talvez se deva a sucesso do site, e agora esse é o nosso desafio de profissionalizar o nosso site.

31 de Maio de 2007 11:34 "

Exame final de Matemática da Escola de Ensino Médio "Cova da Moura" - Rio de Janeiro

Esta eu recebi do Davi Roballo, meu colega do curso de Jornalismo. Naturalmente, é uma brincadeira, mas serve para refletirmos a situação do Rio de Janeiro e de outros grandes centros em relação ao tráfico de drogas e à violência.

Confira as questões "da prova de Matemática" da suposta escola carioca:

1 .) Zarôio tem um fuzil AK-47 com carregador de 80 balas. Em cada rajada o Zarôio gasta 13 balas. Quantas rajadas poderá disparar até descarregar a Arma?

2.) Birosca comprou 10 gramas de cocaína pura que misturou com bicarbonato De sódio na proporção de 4 partes de pó para 6 de bicarbonato. A seguir Vendeu 6 gramas desta mistura ao Cascudo por R$ 150,00 e 16 gramas ao Chinfra a R$40,00 cada grama: ENTÃO: a) Quem é que comprou mais barato? Cascudo ou Chinfra?b) Quantos gramas de mistura o Birosca preparou?c) Quanto de cocaína contém essa mistura?d) Qual é a taxa de diluição da mistura?

3 .) Rojão é cafetão na Praça Mauá e tem 3 prostitutas que trabalham para Ele. Cada uma delas cobra R$ 35,00 ao cliente, dos quais R$ 20,00 são Entregues ao Rojão. Quantos clientes terá que atender cada prostituta para Poder comprar ao Rojão a sua dose diária de crack no valor de R$ 150,00?

4 .) Jamanta comprou 200 gramas de heroína que pretende revender com um Lucro de 20% graças ao "batismo" da droga com giz. Qual é a quantidade de giz que ele terá que adicionar?

5 .) Chaveta recebe R$ 500,00 por cada BMW roubado, R$ 125,00 por Carro japonês e R$ 250,00 por cada 4X4. Como já puxou 2 BMW e 3 4X4, Quantos carros japoneses terá que roubar para receber o total de R$ 2.000,00?

6 .) Pipôco está na prisão há 6 anos por assassinato pelo qual recebeu O equivalente a R$ 5.000,00. A mulher dele está gastando esse dinheiro à taxa de R$ 50,00/mês. Quanto dinheiro vai restar para Pipôco quando sair Da prisão daqui a 4 anos?

7.) Uma lata de spray dá para pichar uma superfície com 3 m2 . Uma letra Grande ocupa uma área de 0,4 m2. Quantas letras grandes poderão ser Pintadas com 3 latas de spray?

8.) Chapão recrutou 3 prostitutas para a gang. Se o número total de Prostitutas que trabalham para a gang é igual a 27, qual é o percentual de Prostitutas recrutadas pelo Chapão?

9.) Durante uma rixa entre gangs, Maifrende disparou 145 balas com uma Pistola 45 automática (de uso exclusivo das Forças Armadas) acertando 8 Pessoas. Qual é o percentual da eficácia dos tiros do Maifrende?

10.) Sapão é preso por traficar crack e a sua fiança foi estabelecida em R$ 12.500,00. Se ele pagar a fiança e os honorários do seu advogado (que Reclama 12% da fiança como pagamento dos seus serviços) antes de fugir Para a Bolívia, qual será o total da despesa?

quarta-feira, 30 de maio de 2007

O "Caso Renan Calheiros" ou "A pimbada do senador"

Que país é esse?
A jornalista bobeou e o senador pimba!
Tem que pagar pensão mesmo. Mas de quem é o dinheiro?
Esse negócio parece uma piada.

Falando sério, é bom dar uma olhadinha no Verbo Solto e no Imprensa em Questão, especialmente os jornalistas e futuros jornalistas.

Crer ou não crer, that’s the question


A Internet é a deusa do mundo tecnológico. É um assunto obrigatório nas rodinhas de bate-papo de estudantes, da galera do Orkut aos mais experientes – aqueles já de cabelos brancos - que aderiram à novidade, por entenderem que esse é um caminho sem volta.

Estão na moda os weblogs, sites que arremedam jornais eletrônicos e um tanto de coisas de difícil classificação. É a tal da nova mídia. Essa mídia que trouxe uma série de inovações, como uma mistura de sons, imagens animadas, texto... aquilo que os acadêmicos estudam nas aulas de Jornalismo Online.

A Internet parece não ter limites. Todo dia há milhares de sites pipocando por aí. Grande parte deles, de entretenimento e de jornalismo – webjornalismo. Notícias aos montes. Mas, são confiáveis? São fontes seguras de informação? Merecem credibilidade?

Acontece que uma das características do webjornalismo é a veiculação da notícia em tempo real. E a todo momento tem que ter uma notícia nova. Parece um culto à quantidade, em detrimento da qualidade. E a apuração, o compromisso com a veracidade da informação?

Uma rápida busca na web vai revelar a existência de um sem número de sites de “noticiário regional”. No fim do dia, nota-se que estão recheados de notícias de agências (a maioria das informações já foi dada pelo Terra, Folha Online, Estadão...) E a produção do noticiário regional? Falta estrutura, falta equipe, falta competência?

Outra questão: no curso de jornalismo aprende-se que é preciso checar as informações, que devem ser ouvidas diversas fontes, que é preciso dar voz aos dois lados envolvidos no fato noticiado... Isso é cumprido pelo webjornalismo?

O presente artigo tem o objetivo de provocar uma reflexão. Especialmente entre os futuros jornalistas, para que não se contaminem pela falta de ética de alguns veículos. Artigo publicado no site Jornalismo na Internet revela que o Globo online apresenta anualmente uma mensagem afirmando que “não basta publicar uma notícia na Internet. Deve-se manter a ética profissional de investigação e apuração do fato assim como se faz para qualquer mídia”. Joyce Jane, editora-chefe do Globo online, disse no fórum de discussão sobre a luta entre a velocidade e a qualidade da informação no site www.hipermidia.net que "os jornalistas online não podem simplesmente correr a notícia pela notícia só para ser o primeiro. No longo prazo, a velocidade acaba prejudicando a credibilidade do veículo e ele acaba não conseguindo se manter no mercado.”

Há muito para refletir, discutir e mudar. Afinal, credibilidade é tudo. E o antigo ditado popular permanece mais atual do que nunca: A pressa continua a ser a fiel companheira da imperfeição.

O Blog entrevistou, por e-mail, o editor do site Caarapó News, André Luís Nezzi de Carvalho. O veículo mistura entretenimento e notícia, com espaço para fotos e os populares “torpedos”. O editor assina ainda uma coluna com o título “Fatos & Boatos”, mas que na verdsade contém mais boatos do que fatos.

Sobre credibilidade do jornal online, André Nezzi afirma que o webjornalismo goza de credibilidade, “pois, com a evolução tecnológica, os jornais on-line vieram para ocupar o seu espaço e hoje em dia é fácil perceber vários portais com conteúdos de qualidade, a exemplo do Terra e Uol, ou até mesmo a Folha online, que, graças à Internet, chegam ao alcance de todos, com matérias em primeira mão e de muita credibilidade”. Ele afirma ainda que, antes de postar a notícia no site, busca checar a veracidade dos fatos. Mas admite que “talvez uma ou outra vez a gente acabe se equivocando, mas isso acontece em todos os meios.”

Segundo Nezzi, a equipe do Caarapó News é composta por seis funcionários – um editor, um werbmaster e designer, um técnico em manutenção, dois fotógrafos e uma repórter. Nenhum jornalista. Questionado se já publicara notícias que não eram verdadeiras, ele declarou que “devido a uma falha de comunicação, acabamos noticiando que uma senhora havia falecido, quando na verdade a mesma ainda esta bem viva”. O dono do Caarapó News diz ainda que, no caso de equívocos, o site publica uma nota esclarecendo o erro e “pedindo desculpas”.

Sobre qual mídia tem mais credibilidade, Nezzi observa que isso depende do veículo de comunicação. “Tem rádios com muita credibilidade e outras não, assim como TVs e sites na Internet, depende dos jornalistas e de cada equipe. Na minha opinião, o veículo de comunicação de credibilidade é aquele que não tem rabo preso com patrocinadores, governos, etc...”

André Nezzi define o site que administra como um veículo especializado em baladas e entretenimento. “Estamos sofrendo um pouco no início para nos adaptar ao conteúdo jornalístico, mas estamos nos informando e nos preparando para que, aos poucos, a gente alcance um resultado satisfatório. Hoje ainda acho que temos mais cara de entretenimento do que jornalístico. O ideal é atingirmos o meio-termo, e com certeza chegaremos lá.”

Já o analista de sistemas Carlos Cezar Scalco, que afirma assistir aos noticiários de praticamente todos os canais de TV, diz que acredita igualmente na veracidade das informações do jornalismo impresso e da televisão, “mas depende da fonte”. Quanto ao webjornalismo, ele declara que, apesar de acessar pouco os sites regionais, confia neles. “Infelizmente, por falta de pessoal, dinheiro ou interesse, boa parte deles não tem a dinâmica na atualização das notícias, principalmente no período noturno”, observa.

“Assisto a praticamente todos os noticiários da TV. No horário do almoço assisto ao noticiário local da Globo e quando tenho tempo vejo o Jornal Hoje, no período da tarde começo pelo Jornal da Band, depois passo pro Jornal Nacional, depois aguardo até o Jornal da Rede TV começar”, explica. Ele acrescenta ainda que todos são confiáveis, resguardadas as devidas proporções. “Costumo observar as diferentes opiniões acerca de um mesmo fato. Em alguns casos, a notícia simplesmente é ‘esquecida’ de ser transmitida em determinado canal”, comenta.

Scalco revela que a mídia com mais credibilidade é a TV, pois inventar alguma notícia e dar crédito a ela pela TV seria necessário muito dinheiro, ou uma boa história, essa parte os políticos conseguem com facilidade. “O jornal você mesmo pode imprimir alguma coisa, e a internet nem se fala, você mesmo pode criar um site de jornalismo, aliás você tem um. Agora, um canal de TV tem uma abrangência maior de classes, muitas pessoas que não lêem jornais nem acessam a Internet vêem televisão. Voltando ao ponto da primeira pergunta, tudo depende da fonte, de que adianta você assistir a programas de fofocas tipo TV Fama?”, observa.

O analista de sistemas afirma que possui “senso extremamente crítico”. “Como recebo notícias durante o dia pela Internet, depois assisto a quase todos os jornais na TV, sempre acabo recebendo a mesma notícia com várias versões. Sempre comparo, não somente os noticiários de TV entre eles, comparo também com as notícias que vi pela Internet. É interessante você ver como algumas das notícias são dadas em diferentes canais, tudo depende do apresentador e a postura do canal. Gostava muito dos editoriais da TV Bandeirantes, mas após alguns aportes que ela andou recebendo, seus editoriais andam bem “calmos” atualmente. Certa vez fui saber de uma notícia de um processo contra a Globo somente na Rede TV. Os outros canais nem comentaram. A Bandeirantes em geral comenta inclusive sobre seus processos, mas não entra em detalhes”, argumenta.

Outro entrevistado do Blog foi o estudante do primeiro semestre de Jornalismo da Unigran, José Carlos dos Santos. Ele declara que, de uma maneira geral, confia no noticiário online. “É o meio mais prático em nossos dias para tomarmos conhecimento dos fatos que ocorrem em nosso município, estado, nação e no mundo. O avanço tecnológico nos permite tomar conhecimento dos acontecimentos praticamente na hora em que se deu o fato, bem antes dos demais meios de comunicação”. Ele observa que nem todos têm tido o compromisso de divulgar, de informar com imparcialidade os fatos, "infelizmente alguns estão nas mãos de pessoas sem conhecimento de causa, com interesses particulares ou políticos, deixando a desejar neste veículo tão importante e necessário em nosso dia-a-dia".

“No pouco tempo que me sobra, costumo assistir aos telejornais da Globo, SBT e Record e acho que o SBT é mais confiável”, comenta. “A gente aprende na faculdade que a notícia tem que ser transmitida com imparcialidade, mas na atualidade a maioria das mídias está nas mãos de pessoas ou grupos que, de uma maneira ou de outra, não permite o exercício de fato da liberdade de expressão, estão presos a interesses próprios ou políticos”, critica. Ele explica ainda que costuma dar crédito ao noticiário. “Dependendo do caso, assisto em um outro canal para apurar melhor a veracidade do fato, como o caso do deputado Clodovil com sua colega deputada”, exemplifica. “Para quem acompanhou o caso, fica a pergunta: o deputado ofendeu ou não ofendeu?,” conclui.

O Blog ouviu também o servidor público Marcelo do Nascimento Silva, da prefeitura de Caarapó. Ele afirmou que acessa poucas vezes o noticiário online, mas acredita na veracidade das notícias transmitidas nos sites que conhece. Na televisão, o seu noticiário preferido é o Jornal Nacional, da TV Globo. “Às vezes, há exagero nas chamadas, percebo um certo sensacionalismo, mas é confiável”, declara.

Silva afirma também que, na sua visão, o meio mais confiável é a TV. “A televisão tem mais tempo para apurar os fatos, em comparação ao rádio e à Internet, que têm de dar a notícia na hora, sem muita apuração”, explica.

E você? Qual a sua opinião sobre credibilidade no jornalismo online?

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Vem aí a unificação ortográfica da Língua Portuguesa

Notícia divulgada pelo Ministério da Educação (MEC) informa que o órgão aguarda a definição da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) sobre a vigência do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, para iniciar a modificação dos livros didáticos distribuídos nas redes públicas de educação básica.

Será o fim do pesadelo de estudantes de todos os níveis que vêem na Língua Portuguesa uma das mais difíceis disciplinas curriculares?